Esses dias meu pai colocou um CD das antigas e tinha uma música com uma letra lindíssima. Não tem como não me colocar no lugar dos meus ancestrais nordestinos que comeram o pão que o diabo amassou. Meu avô chegou no porto de Porto Alegre com 17 anos, meia dúzia de pratas na mão, dois ou três fios de cabelo de barba e um coração transbordando de sonhos. Jogou uma das poucas moedas que tinha no lago Guaíba pra dar sorte, suspirou e pisou firme em solo gaudério. Segue abaixo o link com a música no youtube e a letra:



Flor da Paisagem - Raimundo Fagner

Teu zói é a flor da paisagem
Sereno fim da viagem
Teu zói é a cor da beleza
Sorriso da natureza

Azul de prata, meu litoral
Dois brincos de pedra rara
Riacho de água clara
Roupa com cheiro de mala
Zóim assim são mais belos
Que renda branca, que renda branca, que renda branca na sala
Quem vê nêo enxerga a praia
Nóis no lençol, nóis no lençol , nóis no lençol de cambraia

Teus zói no fim da vereda
Amor de papel de seda
Teus zói que clareia o roçado
Reluz teu cordão colado

que renda branca na sala ...
nóis no lençol, nois no lençol ...
de cambraia!
This entry was posted on 01:45 and is filed under , . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.

0 comentários: