Fase de rápido aprendizado
20:00 | Author: Baile Átha Cliath

Mais uma vez sinto que to entrando numa fase de rápido aprendizado. Aconteceu o mesmo durante uma época na Irlanda em que tudo estava dando certo - dinheiro entrando, inglês melhorando, noites rolando e etc. Esses curtos períodos de grande intensidade são muito legais, parece que o conhecimento é absorvido mais facilmente, nossa esponja (cérebro) consegue fazer as conexões entre as matérias mais facilmente. Parece até que usamos aquela droga do filme Limitless (Sin Limites). hehehe.

A vantagem é que os conhecimentos que eu to absorvendo dessa vez são de nível superior/universitários. Minhas expectativas sobre a qualidade de ensino foram em muito superadas, de igual maneira o aprendizado que tenho com as pessoas aqui. Da outra vez, meu circulo social na Irlanda era muitíssimo menos "filtrado". A galera estava lá pra trabalhar, ralando. Muitos deles tinham ido para fazer a vida, assim que os aspectos culturais não afloravam muito. Aqui é diferente, meu circulo social é de uma gurizada jovem, universitária e de nacionalidades mais variadas das que eu tinha na ilha da magia.

A nostalgia já começa a bater na medida em que a galera se da conta de que está terminando. Essa semana é o encerramento de 2 festas, daqui a pouco to indo pra Caramelo com a galera - antes vamos jantar no ape da Anna e passar na Alfalfa pra tomar um trago.

DALE!
Feria
20:59 | Author: Baile Átha Cliath


Senhores, a situação está periclitante. Simplesmente a maior seqüencia (enfiada) de festas da minha vida. A feria de abril, que esse ano foi em maio, é uma semana inteira de feriado que se parece com a semana farroupilha. Uma determinada parte da cidade se enche de cassetas (piquetes) que podem ser públicas ou privadas - só é possível entrar em uma casseta privada se tu és convidado - e o pessoal vai tomar trago vestido com trajes folclóricos. Emendamos várias festas, churrascos, esquentas e etc nessa semana, foi barra pesada. Hoje, acho que ainda vou lá dar uma passada porque amanhã vamos todos pra praia.

Só vou escrever isso hoje porque a feria ainda não acabou, não deu para avaliar ela integralmente ainda.

Fui!
Jeitinho brasileiro na terra da rainha...
19:51 | Author: Baile Átha Cliath

Bah pessoal, o que aconteceu (ou quase aconteceu, vou deixar o suspense) em Liverpool, foi sem dúvida, um dos maiores cagaços que já passei viajando, talvez o piripaque que deu em Bariloche em 2007 tenha sido de ordem semelhante.

Tínhamos planejado uma viagem em estilo low budget, claro. Essa estratégia implicava chegar em Liverpool domingo de manhã cedo, passar o dia paleteando (do verbo paletear) as mochilas para cima e para baixo e, ao final, dormir no aeroporto já que nosso vôo saia ás 6:50 de segunda feira. Tudo correu conforme o plano até segunda feira de manhã, mas acabamos dormindo muito no aeroporto, foi aí que começou a novela - COCHILOU O CACHIMBO CAI!

Eu na verdade nem dormi até as 3 da manhã passadas, já que os lugares para se aprochegar eram extremamente desconfortáveis e fazia um friozaço dentro do aeroporto. Fiquei meio revoltado com isso, a galera da administração do aeroporto nem pra colocar o aquecimento ligado pra galera foi sacanagem. Bueno, lá pelas 3 liberou um sofá pra eu dormir, dormi instantaneamente. Tic-Tac, passou o tempo, e lá pelas 5 começamos a nos mexer para embarcar. Nem nos amarramos muito, foi tirar as horas mal dormidas da cara e se dirigir ao portão de embarque. Na ida, o procedimento em Sevilla tinha sido muito tranqüilo, levamos uns 10 minutos para passar pelo raio X e demais tramites pré embarque.

Em Liverpool a situação estava bem diferente, tinha uma fila gigante, uma gritaria, gente furando fila, gente passando mal e desmaiando, guardas despreparados e nervosos, uma tremenda farofada.

O tempo foi passando e nós não nos aproximávamos do raio X, começou a bater um desespero. Tentamos de todas as formas, falar com várias pessoas diferentes sobre a nossa situação de que perderíamos nosso vôo se algo não fosse feito mas NADA. No Reino Unido eles são extremamente meticulosos no raio X, TODOS devem tirar o sapato, cinto, celular e o que seja até que a maquina não acuse absolutamente nada de metal contigo, é foda.

Quando finalmente chegou a nossa hora, estava exatamente na hora (6:50) que o avião deveria estar decolando (o prazo de fechamento dos portões de embarque já tinha expirado há uns 40 minutos). Fiquei para trás do pessoal, que saiu numa marcha desvairada tentando deter o "bixo véio". Fiz uma malandragem das boa, meti tudo que era de líquido nos bolsos porque não tinha os plasticozinhos adequados, essa sempre funciona, fica a dica. Passei zunindo pelo raio X, nem amarrei os cadarços do tênis e já saí correndo pro portão de embarque. Já sentia aquele nó na garganta, não ia dar certo, eu ia cruzando os portões de embarque em um ritmo extremamente desanimador: cada 20 passos passava por 1. Nesse ritmo seriam 800 passos até chegar ao portão 40!!! Do nada, no meio do caminho uma mulher me pergunta pra qual portão eu ia, falei 40, esbaforido, ela me indicou um atalho. Sai pelo meio de uma saída de emergência que levava direto pro 40, cheguei antes que a galera.

Quando visualizei o portão, junto dele vi um cara receber informações no rádio e, na seqüencia, fechar a porta na minha cara. Parecia cena de filme. Na hora já esbocei a indignação, mal tinha começado a argumentar e já escutei a galera chegar atrás de mim para ajudar. Com todo o stress e emoção da hora fica difícil precisar quanto tempo ficamos ali, logo depois já chegaram uns espanhóis para reforçar nossa pelea. Começamos a tentar "ganhar no grito" mas os guardinhas estavam inflexíveis, a principio eles só cumpriam ordens e não tinham autonomia para abrir a porta. Lá pelas tantas, quando eu já tinha desistido, eles liberaram - a essas alturas já estavam tentando nos conformar de que seria necessário comprar mais uma passagem e a minha flatmate Marina já tinha atirado a mochila dela no chão de raiva.

Entramos na aeronave e encaramos aquela cara de desaprovação dos demais passageiros com uma alegria indescritível, conseguimos embarcar!!!

Foi mais ou menos isso, hehehe. Teria sido a coisa mais idiota do mundo dormir no aeroporto, chegar 7 horas antes do vôo e perdê-lo. Ainda bem que deu tudo certo!
Liverpool, copada!
18:31 | Author: Baile Átha Cliath

Sem muita inspiração pra escrever mas não quero acumular muita coisa pra registrar mais tarde.

Liverpool é bem simples de descrever o que foi: DEMAIS!
Eu tinha uma espectativa bem baixa da cidade, achando que realmente tudo girava em torno dos Beatles, que onde quer que eu fosse eu veria referencias da banda e seria mais ou menos isso - o que já me bastaria. Mas a idéia de "disneylandia para beatlemaníacos" foi precipitada, a cidade é muitíssimo mais que isso. Impressiona pelo capricho, modernidade e dinâmica. É uma das cidades mais modernas que já fui na Europa, impressionante a estrutura que ela tem. Um porto parecido com o de Barcelona (até certo ponto, claro) que é um baita charme. Eu simplesmente não queria ir embora da cidade (e quase não fui, hehehe), definitivamente na lista de cidades que eu moraria nem que fosse provisóriamente - RECOMENDADO.

Fizemos o bustour dos Beatles, The Magical Mistery Tour, que foi emocionante! Tinha um enfoque bem histórico e musical, passamos pelas casas onde eles moravam, os lugares onde se conheceram, as escolas onde estudaram e muitos outros. A parte apelativa, no bom sentido, foi passar por Penny Lane escutando a música, fizemos o mesmo em Strawberry Fields, foi de arrepiar.

Fechamos a viagem indo ao Cavern Club. Já que não tínhamos hostel, entramos todos com as mochilas nas costas, foi meio bizarro, mas é exatamente esse tipo de perrengue que nós levamos das viagens como experiência. Rolou um showzinho estilo rockabilly com várias músicas dos Beatles, rolava um público mais velho no Pub - dava pra ver nos olhos deles a emoção.