Ano Novo ta ai, combinei de jantar com a galera da casa no ape e depois verei o que vai rolar.
Onten senti um lance diferente. Pela primeira vez senti falta da Emilia. Ate a hora de ela ir embora eu tava tri feliz por ela, sem rolar esse lance de inveja por ela estar indo e eu ficando, nao mesmo! E achei que, devido ao fato de agente nao ficar grudado o tempo inteiro aqui, nao sentiria tanta falta da presenca dela por estas bandas. Porque no fim das contas agente se via 2 ou 3 vezes por semana no maximo, e considerando a distancia entre nossos apes, isso e bem pouco. Mas eu tava errado. Bem ou mal, praticamente todo dia agente se falava por telefone perguntando se tudo tava legal, como tinha sido o dia, e fora as 305 vezes que eu ligava oferecendo comida que sobrava la da cantina pra ela, hehe. Desenvolvemos uma relacao bem legal aqui. Acho que amadurecemos nossos lacos. Talvez por ambos temos vidas adultas por aqui e tal, sei la...
Hora cultura:
Achei que ja tinha postado isso aqui antes, mas dei uma vasculhada e nao achei nenhuma referencia. Entao la vai:
A bandeira da Irlanda e composta daquela maneira, com as cores larana e verde separadas por uma faixa branca, para simbolizar a paz entre os protestantes (larana) e os Republicanos catolicos (verde). Durante a guerra civil, haviam os que defendiam o tratado com os ingleses (que estabeleceu a Irlanda do Norte como territorio britanico) e estavam cansados de guerra, e os que defendiam a uniao total do territorio da ilha em um so pais - o que acarretaria em mais guerras com os britanicos. Tem muito mais coisa por traz disso, mas isso e um comeco, uma introducao a historia irlandesa. Assistam "Michael Collins" o filme!
Periodo de natal realmente bem movimentado. O marasmo - em relacao a festas- das duas semanas que precederam a semana do bom vehinho foi embora e deu lugar a agitacao. Pra falar a verdade o estilo de vida mudou bastante desde que entrei de ferias da escola. Agora tenho mais tempo livre.
No dia 24 eu tava escalado para trabalhar das 7 da matina ate as 3 da tarde, isso tudo parte da semana full-time no trampo. A gerente ta de ferias e por isso eu sabia que seria tranquilo o dia, ainda mais que chequei e tinham 5 pessoas escaladas pra trabalhar nesse dia - onde normalmente duas seriam suficientes -, seria trabalho ao estilo "jogo festivo", e nao deu outra: Cheguei la e ja tinham passados mais de 20 min da hora de abrir o cafe e ainda estavamos (o staff) sentados numa mesa tomando cafe da manha, dale! So nos tocamos de abrir a cantina porque uma colega minha que chegava 30 min depois do horario de deveriamos abrir chegou pra trabalhar e deu com a cara na porta. hahaha, nossa muito sussegado. Nos final do expediente poderiamos levar toda comida pra casa porque senao ela ia apodrecer, visto que nao vamos abrir dias 25 e 26 (mas vamos receber por esses feriados, dale!). No meio da manha a gordinha que esta substituindo a gerente me disse que a empresa renovaria o contrato comigo e que era pra eu nao me esquecer de lembrar ela no final da manha pra dar entrada na papelada. Me motivei afu. Antes de ela ir embora ela ainda disse que precisaria de mim pra trabalhar semana que vem e que era para eu ficar "on call". Sai feliz da vida da cantina com comida saindo pelo ladrao - nao tinha bolso ou compartimento da mochila sem um rango mocosado.
Voltei pra casa meio perdido porque resolvi nao forcar a barra para planejar minha noite de natal, achei que o melhor ia ser deixar rolar e ver no que daria. Eu ja tinha algumas opcoes mais ou menos arranjadas. Fiquei em casa ate depois das 11 da noite, na funcao de janta, escutar som, falar com a familia e etc... Acabei indo em uma festa que um flatmate meu, o Tranquilo, tinha sido convidado. Chegando la, me deparei com um cenario bem familia. A galera tinha feito amigo secreto, tinha lareira acesa, arvore de natal com estrelinha na ponta e golden coins de chocolate da starbucks, provavelmente roubados da Kylemore porque o anfitriao trabalha por la em uma unidade dentro de uma universidade. Ganhei ate presente de natal, uma garrafinha de vinho braco Mateus... Aquele bom pra caramba que eu tomava com o pai e a mae de vez em quando, num domingo a tarde companhado por um risoto de cogumelos feito pela mae ou uma massa ao molho vermelho pelo pai. A galera que tava por la era legal... Tinha uns romenos uns italianos e uma brasileirada. O que mais chamou atencao na ceia foi a ceia em si! Mesmo ja tendo jantado em casa antes, nao resisti ao repertorio interminavel de pratos servidos na janta. Peru de natal, risotao, frutas, chocolates, mousses, tortas e quitutes mil pra galera. Valeu muito o segundo tempo de rango e prosa com a galera.
Falei com a familia no Brasa, entreguei meu amigo secreto virtualmente, recebi o meu: uma touca sem cheiro de cabeca (couro cabeludo) dale! Tudo cool, tudo beleza ate que...
O telefone toca e o felipe, novo flatmate, diz que ta rolando uma festa no nosso ape. CARALHO, ja comeca a tremer a perna so em pensar nas barbaridades que poderiam estar acontecendo na nossa ausencia em Ushers Quay. O mexicano tinha chamado toda a galera que tava na festa de ape que ele tava pra ir pro nosso fazer um prolongamento, ou seja, a festa forte. Chegando em casa tava tudo como se espera, aquela zona de gente apatifando o ape ja que nem conhecem direito quem mora nele. A funcao acabou as 7 da manha, fui dormir la pelas 8. Ainda nao deu pra fazer uma analise dos estragos, mas acho que mesmo com a animacao da galera, nao foram muitos... Tudo na normalidade. No mais fiquei em casa dia 25 me recuperando do tragoleu de onten.
No dia 24 eu tava escalado para trabalhar das 7 da matina ate as 3 da tarde, isso tudo parte da semana full-time no trampo. A gerente ta de ferias e por isso eu sabia que seria tranquilo o dia, ainda mais que chequei e tinham 5 pessoas escaladas pra trabalhar nesse dia - onde normalmente duas seriam suficientes -, seria trabalho ao estilo "jogo festivo", e nao deu outra: Cheguei la e ja tinham passados mais de 20 min da hora de abrir o cafe e ainda estavamos (o staff) sentados numa mesa tomando cafe da manha, dale! So nos tocamos de abrir a cantina porque uma colega minha que chegava 30 min depois do horario de deveriamos abrir chegou pra trabalhar e deu com a cara na porta. hahaha, nossa muito sussegado. Nos final do expediente poderiamos levar toda comida pra casa porque senao ela ia apodrecer, visto que nao vamos abrir dias 25 e 26 (mas vamos receber por esses feriados, dale!). No meio da manha a gordinha que esta substituindo a gerente me disse que a empresa renovaria o contrato comigo e que era pra eu nao me esquecer de lembrar ela no final da manha pra dar entrada na papelada. Me motivei afu. Antes de ela ir embora ela ainda disse que precisaria de mim pra trabalhar semana que vem e que era para eu ficar "on call". Sai feliz da vida da cantina com comida saindo pelo ladrao - nao tinha bolso ou compartimento da mochila sem um rango mocosado.
Voltei pra casa meio perdido porque resolvi nao forcar a barra para planejar minha noite de natal, achei que o melhor ia ser deixar rolar e ver no que daria. Eu ja tinha algumas opcoes mais ou menos arranjadas. Fiquei em casa ate depois das 11 da noite, na funcao de janta, escutar som, falar com a familia e etc... Acabei indo em uma festa que um flatmate meu, o Tranquilo, tinha sido convidado. Chegando la, me deparei com um cenario bem familia. A galera tinha feito amigo secreto, tinha lareira acesa, arvore de natal com estrelinha na ponta e golden coins de chocolate da starbucks, provavelmente roubados da Kylemore porque o anfitriao trabalha por la em uma unidade dentro de uma universidade. Ganhei ate presente de natal, uma garrafinha de vinho braco Mateus... Aquele bom pra caramba que eu tomava com o pai e a mae de vez em quando, num domingo a tarde companhado por um risoto de cogumelos feito pela mae ou uma massa ao molho vermelho pelo pai. A galera que tava por la era legal... Tinha uns romenos uns italianos e uma brasileirada. O que mais chamou atencao na ceia foi a ceia em si! Mesmo ja tendo jantado em casa antes, nao resisti ao repertorio interminavel de pratos servidos na janta. Peru de natal, risotao, frutas, chocolates, mousses, tortas e quitutes mil pra galera. Valeu muito o segundo tempo de rango e prosa com a galera.
Falei com a familia no Brasa, entreguei meu amigo secreto virtualmente, recebi o meu: uma touca sem cheiro de cabeca (couro cabeludo) dale! Tudo cool, tudo beleza ate que...
O telefone toca e o felipe, novo flatmate, diz que ta rolando uma festa no nosso ape. CARALHO, ja comeca a tremer a perna so em pensar nas barbaridades que poderiam estar acontecendo na nossa ausencia em Ushers Quay. O mexicano tinha chamado toda a galera que tava na festa de ape que ele tava pra ir pro nosso fazer um prolongamento, ou seja, a festa forte. Chegando em casa tava tudo como se espera, aquela zona de gente apatifando o ape ja que nem conhecem direito quem mora nele. A funcao acabou as 7 da manha, fui dormir la pelas 8. Ainda nao deu pra fazer uma analise dos estragos, mas acho que mesmo com a animacao da galera, nao foram muitos... Tudo na normalidade. No mais fiquei em casa dia 25 me recuperando do tragoleu de onten.
Pedaco do livro que to lendo. Tendo contato com uma sociedade mais igualitaria como a europeia, esta aos poucos fazendo eu rever meus conceitos a respeito da esquerda. Continuo repudiando os extremos, acho que o meio termo e realmente onde o equilibrio saudavel esta. Mas admito que em termos de posicionamento, minha opiniao se moveu ligeiramente em favor da esquerda aqui. Segue um pedaco do livro que to lendo sobre o Stalin:
"...Some people, in the years that came later, looked back on the first days of the socialist revolution with longing and regret. Some looked back with patronizing smiles of acquired wisdom, as an old married couple recall the excitement of young love - amused that such innocence had ever been taken seriously, and yet with a lingering touch of wonder. Some looked back with incredulity: it could not really have been like that, memory must have been tinted by desire. But most people did not look back at all. They simply forgot.
Even for those who remembered, it became impossible to explain - to their children, for instance - the special quality of that time. It was a time of unbounded confidence, when the gap between ideals and realities seemed to have been suddenly narrowed. It was a time when everything looked easy. And indeed, once the Workers' Councils took charge of the factories and the gasworks and the bakeries, everything did run astonishingly well. The mere removal of competition and the drive for profit, of authority and hierarchy, of self-importance and petty pride, made it possible to consult no interest but those of commom sense and the general good. It was simple and it worked.
But more than that: it was a time of marvelling human growth. Everyone did his job better - or felt that he did - got more ideas, talked more eloquently, made new friends, moved faster about the city, lived more intensely, loved more passionately, needed less sleep. Each hour was a fresh experience, not a mere unit of time. Each day changed the world a little more. Everyone had the feeling of being a different man or woman from before the revolution, and of continually becoming different again.
It was a time of freedom, so natural that it soon ceased to be strange. No one any longer had to do anything because he was ordered, or because it was the rule, or because it had always been done. People did what was right and useful when they were convinced; otherwise, they did as they pleased and harmed no one else. When the Government made laws or issued decress. they were always to abolish aol restraints and establish the forms of freedom. Reading the posters, people felt themselves each time more free.
It was a time of equality. Human beings were valued as human beings, not herded in categories. Wishes and ablilities marked them out, not clothes or speech. Suddenly there were no rich and no poor. The wartime shortages became worse and the shops were half empty. But no one bothered to pay the rent if it was difficult, no debts were claimed, pledges were released from pawnshops without interest. Food and warm clothes were given away to the needy; children got free meals in the schools; actors and musicians entertained in halls where no tickets were sold, for the joy of reaching new audiences. Money had ceased to rule, to be the measure of possibilities.
It was a time of curious gentleness. This was the quality that melted away soonest, but it was real while it lasted. No one shouted or pushed or grabbed, even when a distribution of food was nearing its end, even when missing the last place in a lorry meant an hour's walk. When there was disagreement about the right way to do things, no one tried to win the argument by fierce sarcasm or slogging repetition. All recognized the obligation to persuade, to make two wills coincide and not one prevail. It was a time of true respect between man and man, when the highest aim was to secure another's freely given help. It was indeed a time of brotherhood.
So it was a time when dreams became food, when promises were day's news, when social theories were offered and considered as ladies' fashions or vintage wines had been in the old days. The past was dead, the present was whirling too fast to catch, and people lived in the future. Or rather: in what they believed to be the future..."
"...Some people, in the years that came later, looked back on the first days of the socialist revolution with longing and regret. Some looked back with patronizing smiles of acquired wisdom, as an old married couple recall the excitement of young love - amused that such innocence had ever been taken seriously, and yet with a lingering touch of wonder. Some looked back with incredulity: it could not really have been like that, memory must have been tinted by desire. But most people did not look back at all. They simply forgot.
Even for those who remembered, it became impossible to explain - to their children, for instance - the special quality of that time. It was a time of unbounded confidence, when the gap between ideals and realities seemed to have been suddenly narrowed. It was a time when everything looked easy. And indeed, once the Workers' Councils took charge of the factories and the gasworks and the bakeries, everything did run astonishingly well. The mere removal of competition and the drive for profit, of authority and hierarchy, of self-importance and petty pride, made it possible to consult no interest but those of commom sense and the general good. It was simple and it worked.
But more than that: it was a time of marvelling human growth. Everyone did his job better - or felt that he did - got more ideas, talked more eloquently, made new friends, moved faster about the city, lived more intensely, loved more passionately, needed less sleep. Each hour was a fresh experience, not a mere unit of time. Each day changed the world a little more. Everyone had the feeling of being a different man or woman from before the revolution, and of continually becoming different again.
It was a time of freedom, so natural that it soon ceased to be strange. No one any longer had to do anything because he was ordered, or because it was the rule, or because it had always been done. People did what was right and useful when they were convinced; otherwise, they did as they pleased and harmed no one else. When the Government made laws or issued decress. they were always to abolish aol restraints and establish the forms of freedom. Reading the posters, people felt themselves each time more free.
It was a time of equality. Human beings were valued as human beings, not herded in categories. Wishes and ablilities marked them out, not clothes or speech. Suddenly there were no rich and no poor. The wartime shortages became worse and the shops were half empty. But no one bothered to pay the rent if it was difficult, no debts were claimed, pledges were released from pawnshops without interest. Food and warm clothes were given away to the needy; children got free meals in the schools; actors and musicians entertained in halls where no tickets were sold, for the joy of reaching new audiences. Money had ceased to rule, to be the measure of possibilities.
It was a time of curious gentleness. This was the quality that melted away soonest, but it was real while it lasted. No one shouted or pushed or grabbed, even when a distribution of food was nearing its end, even when missing the last place in a lorry meant an hour's walk. When there was disagreement about the right way to do things, no one tried to win the argument by fierce sarcasm or slogging repetition. All recognized the obligation to persuade, to make two wills coincide and not one prevail. It was a time of true respect between man and man, when the highest aim was to secure another's freely given help. It was indeed a time of brotherhood.
So it was a time when dreams became food, when promises were day's news, when social theories were offered and considered as ladies' fashions or vintage wines had been in the old days. The past was dead, the present was whirling too fast to catch, and people lived in the future. Or rather: in what they believed to be the future..."
Semana passada foi eletrizante no servico! Deu tempo de queimar o filme com a gerente, presenciar uma demissao e, gracas a deus, refazer o filme a custa de muito suor!
A Lina, a supervisora da Lituania, foi demitida na quarta e ate agora nao sei a razao. Sei que foi choradeira pra todo lado! Veio a mulher do headoffice e de certo meteu pressao na gordinha que teve que tomar alguma atitude e, claro, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco... Em administracao tem disso: Se um superior teu toma um xixi, a merda vem descendo descendo e acaba estourando no arigossauro! E o indiano ta voltando de ferias, hahaha puta merda que quarta feira de merda! Só não fechou a semana em um desastre total porque a supervisora que veio substituindo Lina, que e gente fina pra caramba, é uma brasileira ainda mais gente fina. Sussegada, sem stress... Vamos la fazemos o nosso trabalho na boa e vamos embora, sem considerar aquele emprego a coisa mais importante da vida (como o indiano). Fora que fiz uma moral gigante com a gerente na sexta, me redimindo das cagada que fiz na quarta. Na quarta doeu: "Cauê, I am getting sick of telling you to... bla bla... How many times I am gonna have to ask you to... bla bla". É triste.
Hoje faz exatamente 30 dias pra o Andre chegar na area. To aqui no quarto do Paxi teclando do computador da Emilia enquanto ela se arruma pra ir pro brasa, o vôo dela sai daqui a umas 3 horas e to aqui fazendo companhia. Agora que me ocorreu que pela primeira vez vou ficar sem familia aqui em Dublin, pelo menos agora ja estou adaptado e independente, a força que recebi na chegada foi essencial!
Fui!
A Lina, a supervisora da Lituania, foi demitida na quarta e ate agora nao sei a razao. Sei que foi choradeira pra todo lado! Veio a mulher do headoffice e de certo meteu pressao na gordinha que teve que tomar alguma atitude e, claro, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco... Em administracao tem disso: Se um superior teu toma um xixi, a merda vem descendo descendo e acaba estourando no arigossauro! E o indiano ta voltando de ferias, hahaha puta merda que quarta feira de merda! Só não fechou a semana em um desastre total porque a supervisora que veio substituindo Lina, que e gente fina pra caramba, é uma brasileira ainda mais gente fina. Sussegada, sem stress... Vamos la fazemos o nosso trabalho na boa e vamos embora, sem considerar aquele emprego a coisa mais importante da vida (como o indiano). Fora que fiz uma moral gigante com a gerente na sexta, me redimindo das cagada que fiz na quarta. Na quarta doeu: "Cauê, I am getting sick of telling you to... bla bla... How many times I am gonna have to ask you to... bla bla". É triste.
Hoje faz exatamente 30 dias pra o Andre chegar na area. To aqui no quarto do Paxi teclando do computador da Emilia enquanto ela se arruma pra ir pro brasa, o vôo dela sai daqui a umas 3 horas e to aqui fazendo companhia. Agora que me ocorreu que pela primeira vez vou ficar sem familia aqui em Dublin, pelo menos agora ja estou adaptado e independente, a força que recebi na chegada foi essencial!
Fui!
Nao sei bem por onde comecar... Sei que tenho que escrever aqui e agora. Senti vontade de escrever varias vezes durante as duas ultimas semanas mas tem sido complicado porque o laptop que eu tava acostumado a usar ta dando pau e quase nao consigo usar.
O mexicano aceitou uma hospede por couchsurfing aqui em casa da alemanha(Antonia Gam). Ela chegou na quinta e foi embora onten (na terca). Nossa, a guria muito gente fina. Simpatica pra caramba, e nao era cheia de onda... Fazia a dela e era isso! Saimos bastante final de semana e foi bem legal. Acontece que no mesmo dia que ela veio pra ca, um cara da Hungria comecou a habitar a casa. Nao sei bem ate agora como aconteceu, mas sei que o cara ta bandeado por aqui ja ha quase uma semana. Esse lance de que visita e que nem peixe: depois de tres dias comeca a feder, e verdade. Ja dizia minha sabia mae. Mesmo a guria sendo show e esse cara estar sendo gente fina pra caramba, tem uma hora que agente precisa do nosso espaco de volta. O cara (Balint Adam Raj) e engenheiro de som, e ja montou varias concertos pela europa, trabalhando em festivais e tudo. Montou shows de nomes como: George Michael, Cristina Aguilera, e de mais uma galera. Tem uma aparencia tri louca: Uns 6 dreads na nuca que ele faz umas trancas e fica parecendo o predador (do filme do nosso governator). Ele tava instalado no hostel do mexicano que descobri que e bem chinelo pelo que a Antonia e o Balint falaram... Acho que ele se mudou pra ca porque achou perigoso deixar todo o equipamento dele no hostel chinelo do mexicano. Nossa, nao entendo muito de equipamento, mas e uma aparelhagem do caralho... Profissional mesmo. Ele e o Rodrigo (musico) ficam direto fazendo som aqui em casa. Ele tem um PAD (uma mesa com varios botoes que tu pode usar varios tipos de som nele) que da pra brincar legal de fazer uma sonzeira. Toda noite tem JAM em casa. Teve um dia que foi hilario, eu tava acordando pra ir trabalhar no sabado de manha e o cara tava sentando emcima do balcao da cozinha com os pes em cima do fogao ligado pra se aquecer! Nossa foi hilario. Fiquei com pena e dei um saco de dormir que temos de sobra pro cara aqui em casa. No momento que entreguei o saco de dormir o cara olhou com aquela cara de "salvou minha vida" hahaha.
Ta frio pra caralho aqui! Essa semana fez o dia mais frio do ano (e isso que janeiro e o mes mais frio). Em varias paises esta ocorrendo recorde de temperaturas baixas nos ultimos tempos. Tudo indica que esse inverno vai ser foda. Quando sai pra trabalhar no sabado de manha (quando fez -1graus celsius durante a noite) tinha uma camada de gelo nos vidros dos carros na rua e o chao tinha uma tonalidade branca meio estranha. Chegamos ate a ligar a calefacao num desses dias.
A boa noticia e que o chuveiro esta totalmente concertado e a conta de luz desses ultimos dois meses (a primeira que vou ter que pagar) foi apenas 307 euros. Parece bastante, mas a conta anterior saiu 470 euretas... Ficamos bem felizes que a nossa politica de economia de energia esta funcionando! Sempre que preciso comprar alguma coisa, ela aparece em casa (de segunda mao) e nao preciso gastar em nada. Semana passada foi uma calca social IGUAL a que eu tenho e hoje foi um blusao de la que, apesar de ser fino, e de la mesmo entao ta me segunrando uma onda! As unicas coisas que tiva que arcar foram: cueca, meia e uma calca de moleta pra ficar entocado em casa!
Ja ia encerrar sem fazer nenhuma referencia ao titulo da postagem, hehehe. Bom, melhorei bastante meu ingles nos ultimos dias, e bom quando agente sente uma melhora clara!
Roubei meu primeiro copo em pubs aqui na Irlanda... Um copo da Carlsberg muito show! Eu tava me segurando bem, mas depois de ver gente da suecia e da alemanha roubando... Me senti um brasileiro muito ingenuo, tive que fazer minha parte pra manter a fama brasileira no exterior! Falando assim me da ate vontade de devolver o copo :)
Falou