Dóve beses da cabeça!
13:32 | Author: Baile Átha Cliath

É galera, nove meses na cabeça mas em pobríssimas condições de saúde!

Sexta retrasada jogamos mais uma daquelas futeboleiras clássicas com os Lituanos, dentre os quais um é chefe do moço e do andré. O tempo tava melhor do que no futebol anterior, mas a intensidade do jogo foi MUITO maior, visto que misturamos os times e resolvi dar o sangue no joguinho. A combinação: (clima irlandes + esforço intenso + histórico recente de sedentarismo) foi uma fórmula fatal! Já no sábado a catarreira violenta se alojou nas cavidades nasais do Cauê - de vez em quando curto usar uma terceira pessoa! Até aí tudo belê. Eu dava umas tossidas de cachorro velho mas estava me sentindo bem. Esse quadro ficou estável até quinta-feira, quando trabalhei duro pra caramba e passei mal durante o trampo. A enfiada essa semana era de terça a domingo (onten), ou seja, seis dias que eu precisava superar pra garantir a sobrevivencia financeira. Bueno, nessa sexta trabalhei dopadão na base do paracetamol, oportunamente comprado no aeroporto de SP. No sabádo esqueci de levar os comprimidos e foi dureza aguentar trabalhar. Onten fiz aquele esforço derradeiro porque hoje vou poder repousar bem.
Pai, Mãe, tentei entrar em contato com os putos do seguro pra marcar uma consulta mas a ligação não completa. Ta louco, vou tentar alguma coisa pela internet na sequência.

No mais, sigo sem receber o reembolso de 100 euretas pela compra que fiz pela internet (me fudi). E semana passada até o indiano falou que sou "good worker". Tudo virando de ponta cabeça!
Córrse I´m Scotch
13:40 | Author: Baile Átha Cliath


Primeiro quero registrar aqui, já que me esqueci no outro post, meus agradescimentos pras gurias que me hospedaram tão bem lá em Londres. Acomodação show de bola, com direito a bolinho de boas vindas à terra da Rainha.

Beleza, hora de falar da Escócia.


Foi uma enfiada de 9 horas de bus de Londres a Edinburgo por uma companhia viária BEM chinela. A poltroninha era dura na queda, literalmente, não reclinava mais do que três dedos. Nem me animei a dormir nestas condições, resolvi deixar a ansiedade tomar conta e ficar acordadão. Já em território escocês, bem cedinho da manhã, deu pra ver umas paisagens sensacionais de dentro do bus. Toda a galera dormindo e eu lá louco pra compartilhar aquilo com alguém. Tentei acordar a galera sem sucesso, todos estavam mortos. Peguei a câmera mas as fotos ficaram muito ruins com o bus em movimento. Essa parte da viagem vai ficar só na memória mesmo.

Chegando lá, nos agilizamos na rodoviária em como nos organizaríamos no dia, visto que eu e o André surfamos um sofá de um casal polones, e as gurias, junto com um flatmate delas, foram prum hostel. Essa primeira experiência de surfar o sofa foi show. A galera era super hospitaleira e nos paparicaram bastante, com direito a culinária polonesa de primeira qualidade na primeira noite.

Primeiro dia demos uma banda pelo centro, conhecemos o castelo de Edinburgo, fizemos o caminho real, fomos ao parlamento, alguns prédios antigos legais e subimos uma colina ao sudeste do centrão que dava pra ter uma vista bem legal da cidade inteira. Umas das impressões que tive foi de que a cidade parece bem interiorana. Mesmo na parte histórica de noite, pouquíssimas pessoas marcavam presença. Sei que fomos fora de temporada, e que, segundo wikipédia, Edinburgo dobra o número de habitantes durante o verão - de 400mil pra 800mil. O André tirou onda da minha cara quando fiz a comparação, mas o clima na capital escocesa me lembrou Cachoeira do Sul. hehehe, Cauê caipirão. Péraí que vou explicar: As ruas são meio mal iluminadas, talvez propositalmente, pra dar um charme gótico na cidade, a atitude das pessoas achei parecida também, e ahh, sei lá uma série de outros fatores...

Segundo dia agendamos o bustour pelo norte da Escócia, diga-se de passagem, nessa viagem utilizamos os mais diversos meios de transporte: Avião, ônibus, metro, barco e canelinha vélha de guerra, óbvio.
O trajeto incluiu: Kilmahog, Glencoe, Fort William, Spean Bridge, Loch Ness, Inverness e Pitlochry. Só o sotaquezão do guia já valia o ingresso de estudantes que pagamos, impagável! Ficamos o dia todo fora e na volta tentamos achar as gurias no hostel sem sucesso. Esperamos mais um pouco, bebendo um Whisky escocês num pub, tentamos de novo sem sucesso. Daí resolvemos ir pra casa que estávamos acomodados porque não queríamos ser inconvenientes e chegar na madrugada acordando todo mundo.
London was calling, so...
12:58 | Author: Baile Átha Cliath

As duas cidades vistas nessa trip eram bem diferentes do que eu esperava.

Londres é loucura! Achei que eu era do asfalto e que não me cagaria pra cidade nenhuma do mundo, ainda mais depois de ter ido a São Paulo. Mas me senti um fazendeiro de Tres Forquilhas indo pra cidade grande pela primeira vez. Só faltava o capinzinho no canto da boca e o poncho véio atirado por cima das paleta. Estávamos eu e o André na Victoria Station de Londres recebendo encontrão dos londrinos correndo de tudo que é lado cada um indo pra um lugar diferente. Nas escadas rolantes do metrô a galera que ta sem pressa se amontoa do lado direito enquando os apressados vão desabando pelo lado esquerdo. De qualquer forma uma das coisas que mais me impressionou foi a malha ferroviária do Underground (ou Tube), é muito eficiente, rápido e prático. Chegando do aeroporto na Victoria Station, compramos um Oyster (ticket) de 26 Libras que nos dava direito de usar todas as linhas de metro e onibus a qualquer hora, quantas vezes fossem necessárias, pelo periodo de uma semana. Puff, matamos o gasto em transporte com 26 conto. Barbada. Era só aproximar uma carteirinha com chip de um terminalzinho e BIRIRI (sonoplastia de coisa eletrônica), tava feito.

Londrino nativo foi a coisa mais difícil de se achar em Londres. Era uma enfiada de Indiano, Chinês, Sulamericano e por aí vai. Outra coisa que chamou a atenção foi a influência latina que tem na cidade. A cidade foi fundada por romanos na margem norte do rio Tâmisa em 43d.c. com o nome de Londinium. Ate hoje é visivel nos monumentos e arquitetura da parte antiga da cidade traços romanos.

As gurias moram em uma região ao nordeste do centro da cidade, onde a estação de metrô mais próxima é Manor House. Dava uma jornada de uma hora entre a casa delas e o centro. No caminho pra casa delas agente passava por um bairro altamente povoado por judeus ortodoxos, aqueles que usam as roupas todas pretas, cartolinha e as tranças na lateral da cabeça (vulgo suissa). Ate as crianças andavam travestidas a rigor.

Comida foi outra coisa que nos chamou a atenção por causa do baixo custo. Mesmo com o Câmbio de euros pra libras sendo 13% desfavorável pra nós, achamos muito barato alimentação por aquelas bandas. Ate nos demos o luxo de comer num rodízio da pizza hut na Oxford Street (rua mais comercial de Londres).

No mais, gostei muito do clima em Portobello Market. Dos pontos tradicionais também, obviamente adorei. A única decepção ficou por conta de Camden Town. Eu fui esperando um mercado com opções de qualidade, mas só achamos produtos chinelões, muitas vezes piores dos que são vendidos nos camelôs de Porto Alegre, Fair Play pros camelôes de Porto! Comentando esse fato com a galera, depois de ter ido lá, ficamos sabendo que na verdade exploramos mal o lugar, e que deveríamos ter investido mais na parte norte do mercado, onde tinha muito mais coisa. Mas paciência, nunca daria para ver tudo de qualquer maneira.

Depois comento alguma coisa sobre Edinburgo, Loch Ness e as Highlands!
Por onde começar...
12:40 | Author: Baile Átha Cliath

Me dei conta que será impossível relatar tudo o que vai acontecer no mochilão de um mês, planejado para junho. Esses 6 dias no Reino Unido foram mais que suficientes pra eu ver isso.

Fizemos todo o possível para aproveitar o tempo ao máximo. Sem noites em boatezinha ate tarde da noite porque, graças a deus, eu e o André temos um "tipo de turismo" parecido e não queríamos sacrificar as energias do dia seguinte. O jeito foi acordar cedo, planejar bem o dia para não precisar voltar pra casa (perdendo tempo em transporte e passando por lugares já conhecidos) e voltar pra casa já de noite. Os gastos foram muito pequenos. Não fosse pela minha gana por compras em Londres, teria gastado uma quantia irrisória. O corn flakes com leite (caixa de 3litros, obrigado Tesco) em Londres deu na mosca pros 4 dias que ficamos por lá. Pelo quanto aproveitamos o passeio e pelo pouco que gastamos, deixou a sensação de que o mochilão não acaba na Itália junto com a grana, mas que provavelmente conseguiremos copar o sul da França e a Espanha.