Olá, post longo ninguém lê. Serei breve desta vez :)
A festa de despedida da alemã tava legal. No começo eu tava pouco a vontade, mas depois me soltei um pouco e comecei a curtir legal. Saimos cedo(eu e a Emi) pois no outro dia seria meu primeiro dia de escola e fora que a Emília me disse que aquele nível da festa tava meio fraco pros parâmetros Dublinenses.
O primeiro dia de escola foi bem proveitoso, curti muito o professor. A primeira impressão foi bem boa. Hoje ja não achei a aula lá essas coisas, mas eu também estou muito cansado, por alguma razão meu sono tem sido bem complicado por aqui. Amanhã vou chegar descansado e sentar na primeira fileira e ver qualé. Conheci mais uns 2 ou 3 colegas hoje, acho que o ritmo vai ser esse mesmo, tem muita galera. Conversei com um Coreano (tem japa pra caralho aqui!) gente fina, daquele estilo Coreano bem estereotipado, rindo de tudo o tempo todo e sempre super educado.
A Emi acabou de sair pra ir jantar no Patxi (namorado dela)e comer uma pizza, mas hoje vou tentar meu sono de vida. To fazendo uns rangos bons pra caramba por aqui, bem ao contrário do que eu esperava, BELÊ! Onten dei um bandão pelo norte da cidade, achei um parque/monumento muito afude! Tem uma frase muito bala gravada em dourado e gaélico num paredão enredado por uma fonte com uns gigantes numa cena em movimento onde eles estão com uns gansos. Falando assim soou estranho, mas é bala mesmo! Achei algo que provavelmente só no velho continente existe: Uma igreja antigona, afude pra caramba, com no mínimo uns 400 anos, e dentro dela um escritório super moderno funcionando :)
Hoje fui na escola peguei uma papelada, abri a conta no Bank of Ireland, fui bem atendido. Depois fiz meu PPS number, o número que se faz aqui para poder trabalhar. Ahh, no caminho para o banco encontrei uma enfiada de brasileiros uniformizados de Heralds (jornal local distribuido gratuitamente, bem como o Metro) conversando perto da casa da Emi, passei por eles, andei uns 20 metros e depois resolvi voltar! Foda-se, é o emprego que eu mais to pilhado pra conseguir por aqui (gannha bem, trabalha pouco, acorda cedo, fica na rua e vê um sol) e tenho que ser cara dura mesmo pra conseguir emprego, caso eu faça cagada, tem um oceano de distância se o cara quiser me queimar. Fui no peito e na raça e perguntei pros brasileiros como fazer pra trabalhar como eles, um brasileiro ja fez uma piadinha querendo se passar por moçambicano, azar. O fato é que na hora eles ja me perguntaram se eu tinha um currículo comigo pra levar pro chefe que tava do outro lado da rua. Pena que não tenho PPS number ainda (ele chega pelo correio em 10 dias) senão já podia ter dado meu currículo pro cara. Mas meu alento foi que não é tão misterioso assim conseguir emprego por aqui, é só tentar.
Hoje, depois que voltei desta agitada de documentos, cheguei em casa almocei e fui dormir, dispensei minha caminhada diária pelo cansaço, tem tempo ainda! Fui!
Hi!
Durante a viagem deu pra praticar bastante o inglês. Foi uma enfiada de sexta-feira às 11h ate sabado às 23h horário local... Algo em torno de 36 horas de viagem cruzando paralelos e meridianos a dar com pau. Em São Paulo foi tranquilaço, rápido, excelente atendimento, mas com aquele ar paulistano de "foi programado para atender 1000 pessoas e na realidade atende 10.ooo." O avião que eu peguei que meu pai ia curir... Digno de aparecer no super-máquinas - programa do discovery channel - tratava-se de um K747400. Dois andares blá blá blá.
Três filmes - sendo dois repetidos -, duas refeições e várias tentativas de sono depois, cheguei a Frankfurt. Totalmente frustrada a tentativa de passar pela imigração e dar uma banda na cidade, me disseram para ficar na àrea internacional, peregrinando de freeshop a outro, coisa que não fiz. Achei um terminal totalmente inutilizado que servia pro pessoal dormir, achei um banco triplo sem apoio para os braços, É A MECA! Consegui render boa parte das 11h que fiquei por lá neste lugar. Em Frankfurt o vôo atrasou quase uma hora, mas foda-se. No caminho presenciei uma paisagem que se o vôo tivesse sido pontual eu não conseguiria.
Saí de noite de Frankfurt e lá pelo meio do trajeto - acho que estava sobrevoando o reino unido - vi uma paisagem deslumbrante: De alguma forma o avião "buscou" o dia, e eu podia ver abaixo um solo negro, mesclado com algumas núvens pontiagudas e disformes, gratinado com algumas luzes de barco ou casas. No horizonte havia um facho de dia que invadia aquele santuário noturno, os contornos daquilo eram bem visíveis, bem na linha deste horizonte estava a jóia da paisagem, era um azul celeste (como que de dia) rente a linha do horizonte, acima havia ma cor amarelada, ainda uma camada de um verde musgo antes de um azul marinho forte que logo se transformava num céu negro e crivado de estrelas. Foi de tirar o folego!
Já em Dublin foi tudo muito rápido. Saí do avião e entrei num ônibus, rapidinho ele nos deixou aos pés de uma escada que, depois que se subia, dava-se de cara com os temidos guiches da imigração. Respirei fundo, vi a grande diferença de quem entra com passaporte europeu: quando passa pelo guiche, passa em movimento mesmo com o passaporte aberto, raramente alguem era parado, e quando parava, a inspeção durava algo em torno de 3 segundos. Vesti a minha cara mais "cachorro pidão" e esperei na fila. Na minha frente tinha uma nigeriana que de tão a vontade achei que ela era cidadã EU e estava na fila errada. Ficava fazendo piadinha pro cara da imigração e nenhuma surtiu o efeito desejado. Quando eu achava que ia ver o desfecho das aventuras de uma nigeriana em Dublin, fui chamado. Era minha hora! A moça da imigração foi relativamente simpática, fez algumas perguntas e apenas me pediu para checar a carta da escola, sem stress! Saí dali e quando estava chegando pra pegar a bagagem, a minha foi a primeira que veio - por isso não te liguei do aeroporto mãe! Saí da parte de pegar a bagagem e a Emília estava ali me esperando, ha bastante tempo na verdade, fiquei com pena. Fui super super bem recebido, viemos conversando no taxi chegamos no apê e ainda ficamos conversando um monte. Não saímos porque eu tava morto da viagem. Hoje (domingo) demos uma banda e fomos almoçar com uns amigos da Emi, super gente fina o pessoal. O rango foi bom pra caralho! O cara que cozinhou é chef, fiquei com alento de fazer uns rangos decentes por aqui ( e baratos). Fomos num PUB após o almoço, (não me pergunte o nome porque são város PUBS por quadra, sem condições de ficar decorando) bebi uma Pint (500ml) e era isso. Voltamos pra casa e agora vamos numa festa de despedida de uma alemã que está indo pro Brasil porque se apaixonou por brasileiros, ouvi falar que a guria é bem louca. Fui!
Durante a viagem deu pra praticar bastante o inglês. Foi uma enfiada de sexta-feira às 11h ate sabado às 23h horário local... Algo em torno de 36 horas de viagem cruzando paralelos e meridianos a dar com pau. Em São Paulo foi tranquilaço, rápido, excelente atendimento, mas com aquele ar paulistano de "foi programado para atender 1000 pessoas e na realidade atende 10.ooo." O avião que eu peguei que meu pai ia curir... Digno de aparecer no super-máquinas - programa do discovery channel - tratava-se de um K747400. Dois andares blá blá blá.
Três filmes - sendo dois repetidos -, duas refeições e várias tentativas de sono depois, cheguei a Frankfurt. Totalmente frustrada a tentativa de passar pela imigração e dar uma banda na cidade, me disseram para ficar na àrea internacional, peregrinando de freeshop a outro, coisa que não fiz. Achei um terminal totalmente inutilizado que servia pro pessoal dormir, achei um banco triplo sem apoio para os braços, É A MECA! Consegui render boa parte das 11h que fiquei por lá neste lugar. Em Frankfurt o vôo atrasou quase uma hora, mas foda-se. No caminho presenciei uma paisagem que se o vôo tivesse sido pontual eu não conseguiria.
Saí de noite de Frankfurt e lá pelo meio do trajeto - acho que estava sobrevoando o reino unido - vi uma paisagem deslumbrante: De alguma forma o avião "buscou" o dia, e eu podia ver abaixo um solo negro, mesclado com algumas núvens pontiagudas e disformes, gratinado com algumas luzes de barco ou casas. No horizonte havia um facho de dia que invadia aquele santuário noturno, os contornos daquilo eram bem visíveis, bem na linha deste horizonte estava a jóia da paisagem, era um azul celeste (como que de dia) rente a linha do horizonte, acima havia ma cor amarelada, ainda uma camada de um verde musgo antes de um azul marinho forte que logo se transformava num céu negro e crivado de estrelas. Foi de tirar o folego!
Já em Dublin foi tudo muito rápido. Saí do avião e entrei num ônibus, rapidinho ele nos deixou aos pés de uma escada que, depois que se subia, dava-se de cara com os temidos guiches da imigração. Respirei fundo, vi a grande diferença de quem entra com passaporte europeu: quando passa pelo guiche, passa em movimento mesmo com o passaporte aberto, raramente alguem era parado, e quando parava, a inspeção durava algo em torno de 3 segundos. Vesti a minha cara mais "cachorro pidão" e esperei na fila. Na minha frente tinha uma nigeriana que de tão a vontade achei que ela era cidadã EU e estava na fila errada. Ficava fazendo piadinha pro cara da imigração e nenhuma surtiu o efeito desejado. Quando eu achava que ia ver o desfecho das aventuras de uma nigeriana em Dublin, fui chamado. Era minha hora! A moça da imigração foi relativamente simpática, fez algumas perguntas e apenas me pediu para checar a carta da escola, sem stress! Saí dali e quando estava chegando pra pegar a bagagem, a minha foi a primeira que veio - por isso não te liguei do aeroporto mãe! Saí da parte de pegar a bagagem e a Emília estava ali me esperando, ha bastante tempo na verdade, fiquei com pena. Fui super super bem recebido, viemos conversando no taxi chegamos no apê e ainda ficamos conversando um monte. Não saímos porque eu tava morto da viagem. Hoje (domingo) demos uma banda e fomos almoçar com uns amigos da Emi, super gente fina o pessoal. O rango foi bom pra caralho! O cara que cozinhou é chef, fiquei com alento de fazer uns rangos decentes por aqui ( e baratos). Fomos num PUB após o almoço, (não me pergunte o nome porque são város PUBS por quadra, sem condições de ficar decorando) bebi uma Pint (500ml) e era isso. Voltamos pra casa e agora vamos numa festa de despedida de uma alemã que está indo pro Brasil porque se apaixonou por brasileiros, ouvi falar que a guria é bem louca. Fui!
Nesses vinte dias sem escrever aconteceu bastante coisa, entrei de férias oficialmente na faculdade, lapidei mais alguns detalhes, peguei febre amarela, me curei parcialmente da febre amarela, fui no shamrock e bebi todos os tipos de cerveja disponíveis pela casa e etc... Consegui um A na faculdade (em O&M), fiquei bem feliz! No irish pub é verdade o lance de todos os tipos de cerveja... Foi uma enfiada de Pilsen, Ale, Pale, Weiss, Duhnk, Snake Pit (grosélia com chopp), Guinness e por aí vai. A guinness troca de cor: vem bege e fica preta, loucura! Estou entrando em contagem regressiva, minha próxima transmissão será por esse mesmo canal, porém num horário não mais de Brasília, e sim de Dublin, a um oceano de distância. Estou sendo extremamente paparicado aqui em casa, será que querem que eu desista da viajem? Acho que não. Senão os mimos não seriam tão direcionados para a minha partida como: mochila, moleton de frio, camiseta de manga comprida, sapa-tênis a la garçon irlandês e etc...
Valeu!
Valeu!