Hi!
Durante a viagem deu pra praticar bastante o inglês. Foi uma enfiada de sexta-feira às 11h ate sabado às 23h horário local... Algo em torno de 36 horas de viagem cruzando paralelos e meridianos a dar com pau. Em São Paulo foi tranquilaço, rápido, excelente atendimento, mas com aquele ar paulistano de "foi programado para atender 1000 pessoas e na realidade atende 10.ooo." O avião que eu peguei que meu pai ia curir... Digno de aparecer no super-máquinas - programa do discovery channel - tratava-se de um K747400. Dois andares blá blá blá.
Três filmes - sendo dois repetidos -, duas refeições e várias tentativas de sono depois, cheguei a Frankfurt. Totalmente frustrada a tentativa de passar pela imigração e dar uma banda na cidade, me disseram para ficar na àrea internacional, peregrinando de freeshop a outro, coisa que não fiz. Achei um terminal totalmente inutilizado que servia pro pessoal dormir, achei um banco triplo sem apoio para os braços, É A MECA! Consegui render boa parte das 11h que fiquei por lá neste lugar. Em Frankfurt o vôo atrasou quase uma hora, mas foda-se. No caminho presenciei uma paisagem que se o vôo tivesse sido pontual eu não conseguiria.
Saí de noite de Frankfurt e lá pelo meio do trajeto - acho que estava sobrevoando o reino unido - vi uma paisagem deslumbrante: De alguma forma o avião "buscou" o dia, e eu podia ver abaixo um solo negro, mesclado com algumas núvens pontiagudas e disformes, gratinado com algumas luzes de barco ou casas. No horizonte havia um facho de dia que invadia aquele santuário noturno, os contornos daquilo eram bem visíveis, bem na linha deste horizonte estava a jóia da paisagem, era um azul celeste (como que de dia) rente a linha do horizonte, acima havia ma cor amarelada, ainda uma camada de um verde musgo antes de um azul marinho forte que logo se transformava num céu negro e crivado de estrelas. Foi de tirar o folego!
Já em Dublin foi tudo muito rápido. Saí do avião e entrei num ônibus, rapidinho ele nos deixou aos pés de uma escada que, depois que se subia, dava-se de cara com os temidos guiches da imigração. Respirei fundo, vi a grande diferença de quem entra com passaporte europeu: quando passa pelo guiche, passa em movimento mesmo com o passaporte aberto, raramente alguem era parado, e quando parava, a inspeção durava algo em torno de 3 segundos. Vesti a minha cara mais "cachorro pidão" e esperei na fila. Na minha frente tinha uma nigeriana que de tão a vontade achei que ela era cidadã EU e estava na fila errada. Ficava fazendo piadinha pro cara da imigração e nenhuma surtiu o efeito desejado. Quando eu achava que ia ver o desfecho das aventuras de uma nigeriana em Dublin, fui chamado. Era minha hora! A moça da imigração foi relativamente simpática, fez algumas perguntas e apenas me pediu para checar a carta da escola, sem stress! Saí dali e quando estava chegando pra pegar a bagagem, a minha foi a primeira que veio - por isso não te liguei do aeroporto mãe! Saí da parte de pegar a bagagem e a Emília estava ali me esperando, ha bastante tempo na verdade, fiquei com pena. Fui super super bem recebido, viemos conversando no taxi chegamos no apê e ainda ficamos conversando um monte. Não saímos porque eu tava morto da viagem. Hoje (domingo) demos uma banda e fomos almoçar com uns amigos da Emi, super gente fina o pessoal. O rango foi bom pra caralho! O cara que cozinhou é chef, fiquei com alento de fazer uns rangos decentes por aqui ( e baratos). Fomos num PUB após o almoço, (não me pergunte o nome porque são város PUBS por quadra, sem condições de ficar decorando) bebi uma Pint (500ml) e era isso. Voltamos pra casa e agora vamos numa festa de despedida de uma alemã que está indo pro Brasil porque se apaixonou por brasileiros, ouvi falar que a guria é bem louca. Fui!
Chegada
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1 comentários:
Achei super poético a parte do vôo noturno, ta no sangue, linhagem de escritores, te mete...